*

*
Vem Senhor Cristo Jesus!!!

Comentário ao Evangelho dia 18,12,2013

A OBEDIÊNCIA DE JOSÉ

Tendo excluído a paternidade humana na geração de Jesus, a genealogia deixou sem explicação a participação de José no nascimento do Messias. Para superar esta lacuna, José é apresentado como um discípulo fiel que se deixou guiar por Deus e, assim, mesmo sem ter evidências, aceitou colaborar na obra da salvação.
O esposo de Maria foi definido como sendo um homem justo. Em suas dúvidas a respeito da noiva que se apresentara grávida, soube ouvir a voz de Deus e submeter-se a ela. O pedido de Deus era claro: José deveria acolher Maria como esposa e assumir, como filho, o que nela fora gerado por obra do Espírito Santo. A função de José no plano da salvação seria a de garantir a identidade social do menino Jesus. Doravante, este seria reconhecido como filho de José, embora fosse Deus seu verdadeiro Pai. Em seu papel de pai adotivo, competia-lhe dar, ao menino, o nome - Jesus - e, com isso, evidenciar sua missão de salvador da humanidade.
A obediência de José possibilitou o cumprimento do projeto salvífico divino, pois Jesus tornar-se-ia o Emanuel, a presença de Deus na vida da humanidade. Em Jesus, começaria uma nova etapa da História, sendo ele o acesso definitivo a Deus. Seria Deus conosco, caminhando com a humanidade pecadora em busca de salvação. Em tudo isto, foi grande o mérito do humilde José.
“Vejam nos coroinhas um bom futuro das Vocações Sacerdotais, e da Igreja Católica.”
Pois toda Vocação é chamado, e todo chamado de Deus, leva à Santidade."

Padre Benedito

(In Memoria)


ORAÇÃO DO COROINHA

Senhor, vivo a procura de paz. Quero permanecer com este coração que tu me deste. Peço-te que me ilumines, para que eu possa servir no teu altar.Ó mestre, ajuda-me a descobrir a minha verdadeira vocação.

Amém!

Oração pelas Vocações
Jesus,
Mestre Divino,
que chamamastes os Apóstolos a vos seguirem,
continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens. Dai força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do Povo de Deus e de toda a humanidade.

Amém.
Papa Paulo VI

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Deus me chamou: coroinha sou.

1.0 A pastoral dos coroinhas: onde estão os meninos?

1.1 Dê olho na realidade

Na história da Igreja, já antes do Acordo de Milão (313), vemos a presença dos coroinhas como auxiliares nas celebrações e até como uma espécie de "ministro" da eucaristia (são Tarcísio, considerado o padroeiro dos coroinhas, foi mártir da fé numa ocasião singular, quando levava a eucaristia a alguns cristãos presos. Provavelmente não fora o único, pois naquele exato momento de perseguição, os coroinhas seriam os menos visados dos sacrifícios). Corajosos, os meninos do coro - daí o termo coroinha - passaram, à medida que a liturgia se desenvolvia, a auxiliar não só nos cantos litúrgicos, mas no próprio serviço ao altar.

Até o Concílio Vaticano II (1962-1965), a única língua permite para a oração da missa era o latim. Isso, em nível mundial! Praticamente, o padre a rezava sozinho. Por sorte ou por conveniência, eram os coroinhas ensinados a responder, em latim, aquilo que o povo não mais sabia. Assim, além do padre, os coroinhas também aprendiam - decoravam - o latim, cumprindo convenientemente o preceito da Igreja universal. Mas, com a virada do concílio, passou-se a rezar a missa na língua local. Com isso, as pessoas deixaram de simplesmente assistir as celebrações, e passou-se a insistir na participação dos fiéis.

Neste contexto de transformação, também a participação dos coroinhas passou a ser mais ativa. Primeiro, porque somente eram admitidos meninos (e aí da menina que se aproximasse do altar!). Segundo, porque até então de todo coroinha se dizia que seria padre, o que muitas vezes impedia o ingresso de meninos que gostariam de ser coroinhas, mas não sonhavam em ser padre. Terceiro, porque com liturgias mais vivas, os coroinhas, tanto meninos quanto meninas, passaram a atuar em outras funções, que não só o serviço do altar, como a proclamação de leituras nas celebrações. Enfim, as mudanças foram radicais.

Hoje, estamos presenciando um fervilhar de crianças, pré-adolescentes e adolescentes assumindo o pastoral dos coroinhas. São alegres, espontâneos, transmitem vida até para os que não querem mais viver, transparentes, brincalhões, verdadeiros, enfim, sangue novo para uma Igreja que quer se renovar. Contudo, um fenómeno que vem se repetindo, de alguns anos para cá, e com tendência a crescer ainda mais, é a diminuição do número de meninos como coroinhas, e o crescimento expressivo das meninas no ministério.

O fato não é isolado. Por isso, é passível de uma análise psicológica.

Para termos uma visão do fenómeno, foi-se até a Paróquia São Sebastião, bairro Iririú, em Joinville (região urbana) verificar a realidade. O constatado está supracitado. Vejamos os dados:

Tabela l: quantidade de coroinhas, de acordo com o gênero

TURMA

MENINOS

MENINAS

TOTAL

1° ano

12 - 36,36%

21 - 63,64%

33

2° ano

03 - 12,50%

21 - 87,50%

24

3° ano

02 - 28,57%

05- 71,43%

07

Total

17 - 26,56%

47 - 73,44%

64

Se até 1965, só meninos eram coroinhas, a tendência é que se chegue ao outro extremo. Os dados são reveladores de uma realidade que precisa ser estudada, refletida e luzes possam ser lançadas, para que, sem menosprezar o papel feminino, chegue a uma realidade aonde os meninos não tenham mais interesse por este ministério.

Para tanto, buscaremos luzes nos estudos psicológicos da pré-adolescência e adolescência, e a partir deste, intuiremos respostas para este desafio pastoral, preocupante sim, embora poucos tenham se despertado para o mesmo.

1.2 As luzes que vem da psicologia

1. 2.1 Pré-adolescência (9 a 11 anos)

A partir dos nove anos, em muitos meninos e meninas, começa a puberdade. Geralmente, na menina começa um pouco antes disso e ela acaba se mostrando mais "madura" que os meninos da mesma idade. Alguns, por causa da constituição dos agentes externos (clima, ambiente social e moral) podem se apresentar como púberes com dois ou três anos de antecedência ou retardamento. Com bastante nitidez, neste período afirma-se o "eu" pessoal - personalidade -, não presente ainda na criança. O pubescente descobre isto estabelecendo uma relação mais adequada entre o "eu" e o ambiente, assim como também nas relações de individualidades (com os outros e com as coisas).

Atitudes para desenvolver no pré-adolescente

a) Não cessar de propor desafios - eles gostam de ser desafiados;

b) Educar o senso moral - o que é certo e errado, bom e mau;

c) Ajudá-lo para que descubra o que significa seguir Jesus de Nazaré;

d) Ajudá-lo a descobrir a importância de se viver em comunidade;

e) Despertá-lo para uma das vocações específicas da Igreja;

f) Acentuar o aspecto comunitário de cada um dos sacramentos, principalmente o da crisma, que o sacramento da maturidade cristã;

g) Tomar consciência da inserção na grande família dos filhos de Deus; h) Ajudá-lo a perceber que ele é muito importante na transformação do mundo, a partir da sua realidade e dos dons que tem, que precisam estar à serviço da vida.

1.2.2 Adolescência

A adolescência (do latim adolescere, isto é, crescer), um período de crescimento, não apenas físico, mas intelectual, da personalidade e de todo ser, acompanhado de uma crise de valores, para Maria Cristina GRIFFA e José Eduardo MORENO (2001, pp. 23-24), pode ser dividida em três momentos:

a) Adolescência inicial ou baixa adolescência: nas mulheres, ocorre entre os 11 e 12 anos, e nos meninos, entre os 12 e 13 anos, incluindo, para ambos, a puberdade.

O desenvolvimento corporal, já visível na pré-adolescência, altera-se pela transformação brusca do organismo infantil, exigindo uma profunda reorganização da personalidade. Com a mudança do tamanho e da forma do corpo, a necessidade de se transformar em adulto e as cobranças para fazê-lo aumentam.

Além disso, há "[...] a diferenciação física definitiva entre os sexos [...]. A atenção e as energias do adolescente inicial são absorvidas pelas problemática narcisista, isto é, a reestruturação do esquema corporal e a conquista da identidade".

Aqui, a família ainda continua a ser o centro do adolescente, ainda que ele, aos poucos, começa a se distanciar dela.

b) Adolescência propriamente dita ou média: vai dos 12-13 aos 16 anos, constituindo o estágio no qual se constrói a identidade pessoal e sexual definitivas. Nesta faixa etária, o desenvolvimento corporal teve seu ritmo reduzido, e cada vez mais o corpo vai adquirindo proporções adultas. Ao contrário da fase anterior, o adolescente volta-se para o sexo oposto e forma grupos de amigos heterossexuais para as mais diversas atividades (festas, bailes, jogos, encontros, entre outros).

A família, tão próxima até a adolescência inicial, deixa de ser o centro da existência do adolescente. Associado a este distanciamento está a busca pela independência dos pais. Daí os frequentes atos de rebeldia contra eles e sua autoridade. Do outro lado, vemos uma ligação muito estreita aos grupos de afinidades.

É um período de muita ambivalência, vacilações, contradições, da busca do sentido da vida, da descoberta de novos valores e de muita preocupação ética.

c) Adolescência final ou alta adolescência: dificilmente situado no tempo, esta última fase da adolescência varia de acordo, principalmente, com o contexto social no qual se encontra o adolescente (a inserção no trabalho, a responsabilidade legal, a separação dos pais, a capacitação profissional, entre outros). Na maioria dos casos, é possível afirmar que se dá entre os 16 e 18 anos, período no qual atinge-se as principais aquisições da adolescência.

É o momento no qual se consolidam e se ensaiam os modos de vida e de relacionamento com as demais pessoas, "[...] dependendo de como era e o que conseguiu na etapa anterior, recuperando a calma e o equilíbrio; prevalece, então, uma afirmação positiva de si mesmo. Ele já conhece suas possibilidades e limitações, o que favorece a aquisição de uma consciência de responsabilidade de uma relação com o próprio futuro" (idem, p. 24). Concomitantemente, é aqui o período da escolha e da decisão vocacional, que diferente dos problemas da infância e da adolescência precoce, tem de enfrentá-lo sozinho. Com isso, dissolvem-se os ideais abstratos e um ideal concebido de forma singular e concreta ganha espaço e alimenta os sonhos e as esperança de qualquer jovem.

d) Crise moral, religiosa e social

d.1) Crise moral: passa-se a julgar a hipocrisia, a mentira e a imoralidade que se vê nos adultos, porque o adolescente aspira a um conhecimento absoluto e a uma posição no mundo, sendo ambos negados por aqueles que conheceu como sendo os mais defensores - seus pais (o cerne de toda uma crise moral).

Sente-se o impulso de superar o moralismo restrito e falso, imposto pelo mundo exterior. Discute-se as normas preestabelecidas, refutando-as e invalidando-as, sem que ainda se possua uma visão clara do que seja a verdadeira ética. Daí o estar-se entre duas tendências opostas: de um lado, as regras; e do outro, o impulso de ampliar a visão do mundo. O mais conveniente é se afastar dos valores antigos e formar seu próprio senso ético.

d.2) Crise religiosa: os valores religiosos, destruídos, precisam ser substituídos. "Isto significa um renascimento de Deus de uma forma diferente, em todos os níveis da sociedade". Assim como se renegam todas as normas, renega-se também a Deus. Mas não se pode ficar sem nada para crer. Assim, Deus é trocado por uma ideologia ou por uma nova visão do Absoluto ou por uma religião diferente, repleta de misticismo. Na verdade, a tendência é a procura de várias religiões, com a finalidade de compará-las, buscar provas de veracidade, uma oscilação entre o materialismo e o misticismo, sem saber verdadeiramente qual é o correio. A libertação só acontece que se aceita o mundo e a si, alcançando-se a Deus.

d.3) Crise social: todo o ambiente que circunda o adolescente pode influir na crise social.
Praticamente, tudo o que se recebeu dos pais está sendo destruído, mas é preciso se ancorar
em algo. Disso, cria-se a identidade por um grupo social, onde todos são iguais, vestem-se do
mesmo modo, têm os mesmos hábitos e um mesmo modo de ser. Deste aceita-se os padrões
gerais e os conceitos preestabelecidos, seguindo seus apelos.

Ocorre a perda da própria identidade para assumir a do grupo. "Ser igual a todo mundo é uma maneira de não ter de enfrentar a crise da adolescência". Mesmo difícil, é preciso assumir o vazio de valores que se tem para poder crescer.

1.3 As luzes da psicologia sobre a realidade

Na Paróquia São Sebastião, são coroinhas apenas as crianças - pré-adolescentes que já fizeram a primeira comunhão. Em função disso, geralmente a partir dos 10 anos já se pode ser coroinha. Não existe uma idade limite para o término do ministério, mas por volta dos 14 anos, no máximo, os adolescentes deixam o ministério - até porque já estão com alta estatura, e sentem-se "mal" diante dos mais "novinhos".

Atualmente, no grupo supracitado muitos coroinhas já estão com idade para deixarem o grupo. É visível que muitos deles já pensam nisso, não porque alguém os peça para isso, mas em função do desenvolvimento físico-psicológico. Mesmo que se tenham grupos homogêneos - por idade - há a forte tendência de, no máximo com dois anos de grupo, as "caras" se renovarem. Excepcionalmente, nesta paróquia, sete adolescentes já estão a três anos servindo. Em função disso, ao mesmo tempo que são coroinhas, já estão atuando como auxiliares nos grupos iniciantes.

Continuando a análise da tabela, é visível a disparidade entre o número de meninos e meninas, principalmente na turma do segundo ano. Isso se deve, essencialmente, à rígida coordenação que se tinha até 2001. Muitos dos garotos desistiram, enquanto que a maioria das meninas perseveram até hoje. Felizmente, em 2002, uma nova coordenação assumiu a pastoral, mais flexível, pedagógica e aberta a mudanças. Graças a isso, os meninos que entraram esse ano, se não todos, mas uma grande maioria continua até o presente momento. No entanto, teme-se que aconteça o que vem se repetindo em diversas comunidades: a perseverança de poucos destes.

Em sala de aula, ainda que em menor número, os meninos do primeiro ano tem expressividade, são ativos e já conquistaram seu espaço. Já o mesmo não se pode dizer das outras duas turmas, onde os meninos são em minoria. Nestas salas, em muitas atividades, eles ficam "na sombra", e nem fazem questão de "aparecer". Se não se cuidar, serão os próximos a deixar o grupo.

A pergunta fundamental é: por quê? Por que mais meninas perseveram? Por que os meninos não estão mais querendo ser coroinhas? A psicologia tem muito a nos ensinar, e conforme o refletido no capítulo acima, podemos tirar algumas conclusões, que poderão iluminar a nossa pastoral.

Para começar, poucos dos catequistas e coordenadores tem formação psicológica, ou seja, entendem pouco do desenvolvimento humano. Com isso não se quer dizer que os coordenadores devam ser psicólogos - é utopia! - mas que conheçam, leiam, estudem e reflitam as contribuições que a psicologia do desenvolvimento tem a nos oferecer. De posse destas informações e conhecimentos, não teremos mais uma prática homogénea, que não consegue distinguir uma criança de um pré-adolescente, de um pré-adolescente de um adolescente, de um adolescente de um jovem. Quando todos são tratados de maneira uniforme, não há personalização e valorização do que se é. Daí, colocando todos num "mesmo saco", anula-se as diferentes etapas do desenvolvimento humano, não se leva em consideração as diferenças de cada fase, as crises de cada momento, e com isso, acaba-se aniquilando o ser que está a nossa frente. Então, em primeiro lugar, a psicologia nos diz que precisamos conhecer o outro, aquele com o qual nos relacionaremos, saber sua história, seus sonhos, sua idade, se possível, sua família, entre tantas outras coisas, para entendermos o porquê de seus atos, de suas palavras, de seus sonhos, enfim, para não se esquecer que ninguém é igual a ninguém.

Efetivada esta primeira exigência, meninos com 10 anos não serão tratados como as meninas com a mesma idade, por exemplo. São diferentes, não só pelo sexo, mas pelo desenvolvimento físico-psicológico. Contudo, não é tão problemático trabalhar com meninos e meninas entre os 10 e 11 anos na mesma sala. A dificuldade, embora já existente neste primeiro caso, é visível, geralmente, a partir dos 12 anos. Então, muitos catequistas vão à loucura, "perdem" a cabeça e não sabem o que fazer. Não conhecem a psicologia das idades! O que fazer, então?

Como já afirmado anteriormente, as meninas tem um desenvolvimento mais acelerado que os meninos. Enquanto eles ainda pensam em brincadeiras, elas já estão pensando em sair, no futuro profissional, em namorar. São duas maneiras de pensar e de viver

totalmente diferentes, e numa mesma sala, pode levar, por um lado, ao isolamento de uma e,
por outro, ao "estrelismo" da segunda. Isolados os meninos, participando pouco, aos poucos,
irão desistir das atividades e "partir para outra". As meninas, ao contrário, perseverarão, como
um grupo muito unido.

Então, a saída estão na formação de grupos só de meninos e outros só de meninas? Embora a afirmação que segue carece de prática, parece que a solução é esta. Se o desenvolvimento é díspar, se há dificuldades na perseverança dos grupos mistos, se se vê nestes apenas a perseverança das meninas, mesmo com todos os recursos pedagógicos possíveis, parece que o caminho é a formação de grupos distintos de meninos e de meninas, conforme suas idades.

Em muitos lugares, a radicalização de muitas pessoas está levando à proibição das meninas servirem, porque elas estão tirando o espaço dos meninos - justificativa errónea. Há o espaço do garoto e da garota. Para que um assuma, não é preciso proibir que o outro deixe de assumi-lo. Simplesmente, que se faça um trabalho sério, pedagógico e que supere as expectativas de cada gênero.

É claro que para a realização dos encontros, os meios pedagógicos não podem ser economizados, ou seja, quanto mais dinâmico o encontro, mais ele será atrativo e convidativo à perseverança. Trocando por miúdos, quanto mais novidades, melhor!

2.0 Escola de catequistas/coordenadores de coroinhas

Pelo nosso batismo, fazemos parte do povo sacerdotal, profético e régio do Senhor, e pelo testemunho dos cristãos, crescemos com a consciência de que somos protagonistas de nossa história. Assim, participamos da comunidade cristã como membro único e responsável pelo crescimento da mesma.

Introduzidos pelo batismo, paulatinamente, passamos a conhecer a liturgia, as pastorais, os movimentos, as coisas que acontecem na comunidade e vamos criando afinidades. Sem dúvida, o primeiro passo vem de nossos pais, que nos colocam na infância missionária, na catequese... e aí o caminho está aberto.

Com o sacramento da maturidade cristã – crisma – muitos assumem o seu próprio caminho dentro da comunidade, respondendo positivamente ao chamado do Senhor: grupo de jovens, auxiliares de catequese, monitores da infância, equipes de liturgia, a ida para os seminários/casa de religiosas... E nesse processo, muita coisa vai se aprendendo, através dos encontros, dos momentos de espiritualidade, das escolas de formação, entre tantas outras coisas.

Depois do Concílio Vaticano II, as escolas/cursos de formação explodiram com muita força em todos os recantos onde a Igreja se fazia presente. Isso continua perceptível até os dias atuais, com tantas escolas paroquiais, comarcais e diocesanas de formação. Isso para dizer que estar à frente da comunidade como liderança exige oração, formação, pés no chão e muito coração. Então, estar à frente de um grupo de coroinha tem exige tudo isso! Todavia, em muitos lugares, isso não acontece ou, quando acontece, a formação não é específica (trabalha-se com os coroinhas como se fosse um grupo de catequese a mais, sem diferenciação). É verdade que, num primeiro momento, todos os catequistas de coroinhas devem ter a formação que todos os catequistas de primeira comunhão, perseverança e crisma tem, mas não se pode parar aí, pois muitas das coisas trabalhadas com os coroinhas são específicas para esse grupo (forte exemplo disso é toda a teologia litúrgica da Igreja, pouco trabalhadas nas demais catequeses. E não basta simplesmente saber a teoria!).

Daí vem a importância de uma escola que forme os catequistas/coordenadores dos grupos de coroinhas. Nesta, conteúdos específicos são trabalhados, além de outros, necessários em todas as etapas da formação cristã.

a) Objetivo geral da escola

Formar litúrgica e pastoralmente coordenadores/as para grupos de coroinhas, para que as celebracoes sejam melhores realizadas e celebradas.

b) Objetivos específicos

1) Melhorar os encontros de formação;

2) Oferecer subsídios para dinamizar os encontros;

3) Fortalecer os grupos existentes;

4) Favorecer o despertar vocacional.

c) Conteúdo programático

PARTE I: Formação geral

1) Dinâmicas

2) Cantos de animação

3) Psicologia das idades

Conhecendo-se as etapas do amadurecimento humano-afetivo no menino/menina/adolescente, conseguir-se-á entendê-lo/a melhor, respeitando-se o seu momento e , pedagogicamente, sabendo-se o que de melhor poderá ser feito.

PARTE II: Formação litúrgica

4) Gestos, vestes e objetos litúrgicos (cap. 3, 12 e 13)

5) Missa parte por parte (cap. 4-7)

6) A prática do servir a missa

7) Símbolos e ano litúrgico (cap. 8-12)

PARTE III: História da Igreja e Teologia das Vocações

8) A história do coroinha e o despertar vocacional (cap. 1-2; 14-19)

3.0 Como fazer uma reunião

Se o encontro for preparado e rezado com antecedência, ele será um sucesso. O problema está em quando se improvisa demais. Os que estão participando percebem claramente tudo, e o desânimo abate-se sobre o grupo. Um encontro bem preparado e dinâmico garante a perseverança dos membros. Além disso, preocupe-se com:

· Preparar o ambiente, uma sala adequada, com cadeiras para todos, cartezes com símbolos do tema de estudo, um aparelho de som com música....;

· Reun ir o grupo em círculo, de modo que todos possam se ver;

· Valorizar a cada um, pessoalmente, a começar sabendo o seu nome e possibilitando que todos os membros do grupo se conheçam pelo nome;

· Distribuir as funções:

1. Coordenador: é aquele que garante a unidade e é o responsável pelo grupo. Nao pode ser autoritário e centralizador – delegar as funções e desafios;

2. Animador: anima o encontro com cantes, dinâmicas...;

3. Cronometrista: distribui o horário do encontro;

4. Liturgo: responsável pelos momentos de oração inicial e final;

5. Secretário: faz anotações e cuida do material utilizado;

6. Tesoureiro: se necessário, administra os recursos financeiros;

7. Sócio-cultural: ajuda a organizar os eventos festivos, aniversários, gincanas, passeios...;

8. ...

· Valorizar o serviço que as crianças/adolescentes fazem na comunidade;

· Não estender-se muito nas reflexões;

· Ficar atento para que todos participem;

· Favorecer a cristividade de todos;

· Pedir que, a cada encontro, alguns ajudem a prepará-lo junto com a equipe responsável;

· Fazer sempre a oração ao início e final do encontro – valorizar muito esses momentos de espiritualidade;

· Articular retiros semestrais, se possível, junto com os pais;

· Incentivar a leitura de bons livros (história dos santos...);

· Nunca deixar de propor desafios sadios;

· Atividades paralelas: filmes, caminhada ecológica, visitas sociais...;

· Trabalhar muito em grupo, mas evitando-se as “panelinhas”;

· ...

4.0 O livro “Encontros de Coroinhas – subsídios litúrgicos e vocacionais”

O livro nasceu a partir da coletânea dos encontros preparados para a formação dos coroinhas. Num primeiro momento, não se pensou em elaborar um livro, apenas uma seqüência de encontros, diferentes daqueles que estavam nos livros (eram muito “frios”).

Ao final do mês de junho de 2002, 26 encontros haviam sido preparados, somando 227 páginas. Por sugestão de muitos, este material foi enviado à Editora Paulinas, que dentro de um mês respondeu da possibilidade de edição do material, caso esse fosse revisto e sintetizado. Após muito trabalho de revisão e reestruturação, o livro saiu, trazendo 19 encontros de formação litúrgica e vocacional:

a) Parte I: Iniciação litúrgica

1. “Deus me chamou à vida”: sou pessoa

2. “Sou cristão”: batismo e eucaristia

3. “Pessoas e gestos na missa”:

· Pessoas que participam da celebração (ministros, equipe de liturgia, assembléia);

· Posições durante a celebração;

· O significado de cada posição e gesto (em pé, sentado, de joelhos, inclinado, mãos levantadas...).

4. “Ritos iniciais”: formação da assembléia ( acolhida oração da coleta)

5) “Liturgia da Palavra”: a mesa da Palavra (Primeira leitura prece dos fiéis)

6) “Liturgia Eucarístia: a mesa da Eucaristia (preparação das oferendas doxologia)

7) “Comunhão e missão”: rito da comunhão e ritos finais (Pai-nosso canto final).

8) “Ano litúrgico – I”

· O domingo;

· Esquema do ano litúrgico:

a) Ciclo do Natal;

b) Ciclo da Páscoa;

c) Tempo Comum

d) Festas dos santos.

9) “Ano litúrgico – II”: explicação teológica de cada ciclo.

10) “Símbolos litúrgicos – I”

· O significado de “símbolo”;

· Parte I : presbitério, altar, ambão, batiestéro, nave, sacrário, cadeira de presidente, cátedra, crucifixo, imagens, lamparina, IHS, Cristo, INRI.

11) “Símbolos litúrgicos – II”

· Parte II: ramos, círio, flores, incenso, água, óleo, uva, trigo e peixe.

12) “Livros e objetos litúrgicos”:

· Livros;

· Alfaias: âmbula, cálice, ostensório, teca, aspersório...

13) “Vestes litúrgicas”:

· Do coroinha;

· Do ministro extraordinário da eucaristia;

· Do diácono;

· Do padre;

· Do bispo, arcebispo, cardeal e papa;

· As cores litúrgicas.

b) Parte II: O Senhor nos chama

14) “Um pouco de história – I”

15) “Um pouco de história – II”

16) “O Senhor me chamou: coroinha sou”

17) “Vocação do leigo”

18) “Padres e religiosos”

19) “Ser missionário”

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIQUIM, Carlos Alberto; OLIVEIRA, Paulo Eduardo de. Coroinha – a serviço da comunidade. São Paulo : Loyola.

DAVIDOFF, Linda L. Introdução à psicologia. 3 ed. São Paulo : Makron Books Ltda, 2001.

DERETTI, Edson A. Encontros de coroinhas – subsídios litúrgicos e vocacionais. São Paulo : Paulinas, 2006.

GRIFFA, Maria C.; MORENO, José Eduardo. Chaves para a psicologia do desenvolvimento. São Paulo : Paulinas, 2001.

NOVELLO, Fernanda Parolari. Psicologia da adolescência – despertar para a vida. São Paulo : Paulinas, 1990.

Biografia da Arquidiocese

Arquidiocese de Vitória da Conquista-Bahia
Arcebispo Dom. Frei
Luís Gonzaga Silva Pepeu

Superfície 27.228 km²
Tipo de jurisdição
Vitória da Conquista é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população, conforme o IBGE, em 1 de Julho de 2009, era de 318.901 habitantes, o que a torna a 3ª maior cidade do estado e também do interior do Nordeste (excetuando-se as regiões metropolitanas). Possui um dos PIBs que mais crescem no interior desta região. Capital regional de uma área que abrange aproximadamente 70 municípios na Bahia, além de 16 cidades do norte de Minas Gerais. Tem a altitude, nas escadarias da Igreja Matriz, de 923 metros podendo atingir mais de 1.000 metros nos bairros mais altos. Possui uma área de 3.743 km².

Arquidiocese Metropolitana (Região Nordeste 3)
Criação da
diocese 27 de julho de 1957
Elevação a arquidiocese16 de janeiro de 2002
Rito romano
Dioceses sufragâneas
Bom Jesus da Lapa / Caetité / Jequié /Livramento de Nossa Senhora

A Arquidiocese de Vitória da Conquista (Archidioecesis Victoriensis de Conquista) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no Brasil. É a sé metropolitana da província eclesiástica de Vitória da Conquista. Pertence ao Conselho Episcopal Regional Nordeste III da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A arquiepiscopal está na Catedral de Nossa Senhora das Vitórias, na cidade de Vitória da Conquista, no estado da Bahia.


Histórico
A Diocese de Vitória da Conquista foi
ereta pelo Papa Pio XII, no dia 27 de julho de 1957 pela bula Christus Jesus, a partir de território desmembrado da Diocese de Amargosa. No dia 16 de janeiro de 2002, o Papa João Paulo II reorganizou o território da Província Eclesiástica de Salvador, constituindo duas novas províncias, a de Feira de Santana e a de Vitória da Conquista. Neste ato, elevou a diocese à categoria de arquidiocese e sé metropolitana.

Demografia e Paróquias
Em 2004, a arquidiocese contava com uma população aproximada de 724.619 habitantes, com 74,8% de católicos. O território da arquidiocese é de 24.709 km.2, organizado em 28 paróquias.
A arquidiocese abrange os seguintes municípios:
Vitória da Conquista, Anagé, Barra do Choça, Belo Campo, Caatiba, Cândido Sales, Encruzilhada, Ibicuí, Iguaí, Itambé, Itapetinga, Itarantim, Macarani, Maiquinique, Nova Canaã, Planalto, Poções, Ribeirão do Largo, Caetanos, Bom Jesus da Serra.

Arcebispos
Atual e 2º
Arcebispo:
Dom Luís Gonzaga Silva Pepeu, OFMCap
1º Arcebispo e atual Presidente da CNBB Dom Geraldo Lyrio Rocha 2002-2007
foi nomeado arcebispo de Mariana-MG

3º Bispo
Dom Celso José Pinto da Silva 1981-2001,
Arcebispo Emerito de Terezina-PI

foi nomeado arcebispo de
Teresina
2º Bispo: Dom Climério Almeida de Andrade 1962-1981 (faleceu)

1º Bispo:
Dom Jackson Berenguer Prado 1958-1962
foi nomeado bispo de Feira de Santana-BA