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Vem Senhor Cristo Jesus!!!

Comentário ao Evangelho dia 18,12,2013

A OBEDIÊNCIA DE JOSÉ

Tendo excluído a paternidade humana na geração de Jesus, a genealogia deixou sem explicação a participação de José no nascimento do Messias. Para superar esta lacuna, José é apresentado como um discípulo fiel que se deixou guiar por Deus e, assim, mesmo sem ter evidências, aceitou colaborar na obra da salvação.
O esposo de Maria foi definido como sendo um homem justo. Em suas dúvidas a respeito da noiva que se apresentara grávida, soube ouvir a voz de Deus e submeter-se a ela. O pedido de Deus era claro: José deveria acolher Maria como esposa e assumir, como filho, o que nela fora gerado por obra do Espírito Santo. A função de José no plano da salvação seria a de garantir a identidade social do menino Jesus. Doravante, este seria reconhecido como filho de José, embora fosse Deus seu verdadeiro Pai. Em seu papel de pai adotivo, competia-lhe dar, ao menino, o nome - Jesus - e, com isso, evidenciar sua missão de salvador da humanidade.
A obediência de José possibilitou o cumprimento do projeto salvífico divino, pois Jesus tornar-se-ia o Emanuel, a presença de Deus na vida da humanidade. Em Jesus, começaria uma nova etapa da História, sendo ele o acesso definitivo a Deus. Seria Deus conosco, caminhando com a humanidade pecadora em busca de salvação. Em tudo isto, foi grande o mérito do humilde José.
“Vejam nos coroinhas um bom futuro das Vocações Sacerdotais, e da Igreja Católica.”
Pois toda Vocação é chamado, e todo chamado de Deus, leva à Santidade."

Padre Benedito

(In Memoria)


ORAÇÃO DO COROINHA

Senhor, vivo a procura de paz. Quero permanecer com este coração que tu me deste. Peço-te que me ilumines, para que eu possa servir no teu altar.Ó mestre, ajuda-me a descobrir a minha verdadeira vocação.

Amém!

Oração pelas Vocações
Jesus,
Mestre Divino,
que chamamastes os Apóstolos a vos seguirem,
continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens. Dai força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do Povo de Deus e de toda a humanidade.

Amém.
Papa Paulo VI

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA EVANGELII GAUDIUM DO SANTO PADRE FRANCISCO

1. A ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus.
Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria. Quero, com esta Exortação, dirigir-me aos fiéis cristãos a fim de os convidar para uma nova etapa evangelizadora marcada por esta alegria e indicar caminhos para o percurso da Igreja nos próximos anos.

1. Alegria que se renova e comunica
2. O grande risco do mundo actual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanente, que correm também os crentes. Muitos caem nele, transformando-se em pessoas ressentidas, queixosas, sem vida. Esta não é a escolha duma vida digna e plena, este não é o desígnio que Deus tem para nós, esta não é a vida no Espírito que jorra do coração de Cristo ressuscitado.

3. Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que «da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído». Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando alguém dá um pequeno passo em direcção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada. Este é o momento para dizer a Jesus Cristo: «Senhor, deixei-me enganar, de mil maneiras fugi do vosso amor, mas aqui estou novamente para renovar a minha aliança convosco. Preciso de Vós. Resgatai-me de novo, Senhor; aceitai-me mais uma vez nos vossos braços redentores». Como nos faz bem voltar para Ele, quando nos perdemos! Insisto uma vez mais: Deus nunca Se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir a sua misericórdia. Aquele que nos convidou a perdoar «setenta vezes sete» (Mt 18, 22) dá-nos o exemplo: Ele perdoa setenta vezes sete. Volta uma vez e outra a carregar-nos aos seus ombros. Ninguém nos pode tirar a dignidade que este amor infinito e inabalável nos confere. Ele permite-nos levantar a cabeça e recomeçar, com uma ternura que nunca nos defrauda e sempre nos pode restituir a alegria. Não fujamos da ressurreição de Jesus; nunca nos demos por mortos, suceda o que suceder. Que nada possa mais do que a sua vida que nos impele para diante!

4. Os livros do Antigo Testamento preanunciaram a alegria da salvação, que havia de tornar-se superabundante nos tempos messiânicos. O profeta Isaías dirige-se ao Messias esperado, saudando-O com regozijo: «Multiplicaste a alegria, aumentaste o júbilo» (9, 2). E anima os habitantes de Sião a recebê-Lo com cânticos: «Exultai de alegria!» (12, 6). A quem já O avistara no horizonte, o profeta convida-o a tornar-se mensageiro para os outros: «Sobe a um alto monte, arauto de Sião! Grita com voz forte, arauto de Jerusalém» (40, 9). A criação inteira participa nesta alegria da salvação: «Cantai, ó céus! Exulta de alegria, ó terra! Rompei em exclamações, ó montes! Na verdade, o Senhor consola o seu povo e se compadece dos desamparados» (49, 13).
Zacarias, vendo o dia do Senhor, convida a vitoriar o Rei que chega «humilde, montado num jumento»: «Exulta de alegria, filha de Sião! Solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém! Eis que o teu rei vem a ti. Ele é justo e vitorioso» (9, 9). Mas o convite mais tocante talvez seja o do profeta Sofonias, que nos mostra o próprio Deus como um centro irradiante de festa e de alegria, que quer comunicar ao seu povo este júbilo salvífico. Enche-me de vida reler este texto: «O Senhor, teu Deus, está no meio de ti como poderoso salvador! Ele exulta de alegria por tua causa, pelo seu amor te renovará. Ele dança e grita de alegria por tua causa» (3, 17).É a alegria que se vive no meio das pequenas coisas da vida quotidiana, como resposta ao amoroso convite de Deus nosso Pai: «Meu filho, se tens com quê, trata-te bem (...). Não te prives da felicidade presente» (Sir 14, 11.14). Quanta ternura paterna se vislumbra por detrás destas palavras!

5. O Evangelho, onde resplandece gloriosa a Cruz de Cristo, convida insistentemente à alegria. Apenas alguns exemplos: «Alegra-te» é a saudação do anjo a Maria (Lc 1, 28). A visita de Maria a Isabel faz com que João salte de alegria no ventre de sua mãe (cf. Lc 1, 41). No seu cântico, Maria proclama: «O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador» (Lc 1, 47). E, quando Jesus começa o seu ministério, João exclama: «Esta é a minha alegria! E tornou-se completa!» (Jo 3, 29). O próprio Jesus «estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo» (Lc 10, 21). A sua mensagem é fonte de alegria: «Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa» (Jo 15, 11). A nossa alegria cristã brota da fonte do seu coração transbordante. Ele promete aos seus discípulos: «Vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há-de converter-se em alegria» (Jo 16, 20). E insiste: «Eu hei-de ver-vos de novo! Então, o vosso coração há-de alegrar-se e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria» (Jo 16, 22). Depois, ao verem-No ressuscitado, «encheram-se de alegria» (Jo 20, 20). O livro dos Actos dos Apóstolos conta que, na primitiva comunidade, «tomavam o alimento com alegria» (2, 46). Por onde passaram os discípulos, «houve grande alegria» (8, 8); e eles, no meio da perseguição, «estavam cheios de alegria» (13, 52). Um eunuco, recém-baptizado, «seguiu o seu caminho cheio de alegria» (8, 39); e o carcereiro «entregou-se, com a família, à alegria de ter acreditado em Deus» (16, 34). Porque não havemos de entrar, também nós, nesta torrente de alegria?

6. Há cristãos que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa. Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados. Compreendo as pessoas que se vergam à tristeza por causa das graves dificuldades que têm de suportar, mas aos poucos é preciso permitir que a alegria da fé comece a despertar, como uma secreta mas firme confiança, mesmo no meio das piores angústias: «A paz foi desterrada da minha alma, já nem sei o que é a felicidade (…). Isto, porém, guardo no meu coração; por isso, mantenho a esperança. É que a misericórdia do Senhor não acaba, não se esgota a sua compaixão. Cada manhã ela se renova; é grande a tua fidelidade. (...) Bom é esperar em silêncio a salvação do Senhor» (Lm 3, 17.21-23.26).

7. A tentação apresenta-se, frequentemente, sob forma de desculpas e queixas, como se tivesse de haver inúmeras condições para ser possível a alegria. Habitualmente isto acontece, porque «a sociedade técnica teve a possibilidade de multiplicar as ocasiões de prazer; no entanto ela encontra dificuldades grandes no engendrar também a alegria». Posso dizer que as alegrias mais belas e espontâneas, que vi ao longo da minha vida, são as alegrias de pessoas muito pobres que têm pouco a que se agarrar. Recordo também a alegria genuína daqueles que, mesmo no meio de grandes compromissos profissionais, souberam conservar um coração crente, generoso e simples. De várias maneiras, estas alegrias bebem na fonte do amor maior, que é o de Deus, a nós manifestado em Jesus Cristo. Não me cansarei de repetir estas palavras de Bento XVI que nos levam ao centro do Evangelho: «Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo».

8. Somente graças a este encontro – ou reencontro – com o amor de Deus, que se converte em amizade feliz, é que somos resgatados da nossa consciência isolada e da auto-referencialidade. Chegamos a ser plenamente humanos, quando somos mais do que humanos, quando permitimos a Deus que nos conduza para além de nós mesmos a fim de alcançarmos o nosso ser mais verdadeiro. Aqui está a fonte da acção evangelizadora. Porque, se alguém acolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de o comunicar aos outros?

domingo, 20 de outubro de 2013

Luta contra o mal exige paciência e resistência, afirma Papa


Angelus

“Deus está ao nosso lado, a fé n’Ele é a força, e a oração é a expressão da fé”, afirmou o Papa no Angelus
Da Redação, com Rádio Vaticano
“A luta contra o mal é dura e longa, requer paciência e resistência”, afirmou o Papa Francisco no Angelus deste domingo, 20, data em que a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões.
O Santo Padre destacou que essa luta deve se levada adiante todos os dias, mas os fiéis não estão sozinhos nesse combate. “Deus está ao nosso lado, a fé n’Ele é a força, e a oração é a expressão da fé”.
E ao recordar o Evangelho deste domingo, que conta a parábola da viúva que pede ajuda insistente a um juiz desonesto, para que lhe faça justiça, o Papa afirma:
“Clamar dia e noite’ a Deus! Impressiona-nos esta imagem da oração. Mas vamos nos perguntar: por que Deus quer isso? Ele já não conhece as nossas necessidades? Que sentido tem “insistir” com Deus? Esta é uma boa pergunta, que nos faz aprofundar um aspecto muito importante da fé: Deus nos convida a rezar com insistência não porque não sabe do que precisamos, ou porque não nos ouve. Pelo contrário, Ele ouve sempre e sabe tudo sobre nós, com amor”.
Em nosso dia a dia, explicou o Francisco, o Senhor está ao nosso lado.  “Nós lutamos com ele ao lado, e a nossa arma é precisamente a oração, que nos faz sentir a sua presença, a sua misericórdia, a sua ajuda”.
Entretanto, a luta contra o mal é longa e difícil, exige paciência e resistência, afirmou o Papa. “Como Moisés, que tinha que levantar os braços para fazer vencer o seu povo (cf. Ex 17,8-13 )”
Jesus nos garante a vitória, destacou o Papa, mas pergunta: “O Filho do homem quando vier, encontrará fé sobre a terra?’ (Lc 18:08 ). Se você apaga a fé, desliga a oração, nós caminhamos nas trevas, nos perdemos no caminho da vida”, disse o Papa.
Francisco continuou dizendo que devemos aprender da viúva do Evangelho a rezar sempre, sem se cansar:
“Era notável esta viúva! Ela sabia lutar pelos seus filhos! E penso em tantas mulheres que lutam por sua família, que rezam, que não se cansam jamais. Uma recordação, hoje, todos nós, a essas mulheres que com o seu comportamtento nos dão um verdadeiro testemunho de fé, de coragem, um modelo de oração. Uma recordação a elas! Rezar sempre, mas não para convencer o Senhor com a força da palavras! Ele sabe melhor do que nós do que precisamos! A oração perseverante é ao invés a expressão de fé em um Deus que nos chama a lutar com ele, cada dia, cada momento, para vencer o mal com o bem”.
Qual a missão da Igreja?
Após a oração do Angelus o Papa Francisco recordou que neste domingo comemoramos o Dia Mundial das Missões. Qual é a missão da Igreja, perguntou? Difundir em todo o mundo a chama da fé, que Jesus acendeu no mundo: a fé em Deus, que é Pai, Amor, Misericórdia.
O método da missão cristã, acrescentou, não é fazer proselitismo, mas o da chama compartilhada que aquece a alma.
O Pontífice agradeceu a todos aqueles que, através da oração e da ajuda concreta apóiam o trabalho missionário, em especial, a preocupação do Bispo de Roma pela difusão do Evangelho.
“Neste dia estamos próximos a todos os missionários e missionárias, que trabalham muito sem fazer barulho, e dão a vida. Como a italiana Afra Martinelli, que trabalhou por muitos anos na Nigéria: dias atrás, foi assassinada, num assalto; todos choraram, cristãos e muçulmanos. Ela proclamou o Evangelho com a vida, com o trabalho que realizou, um centro de educação; assim espalhar a chama da fé, combateu o bom combate!”
Em seguida o Santo Padre recordou Stefano Sándor, que neste sábado foi beatificado em Budapeste. “Ele era um salesiano leigo, exemplar no serviço aos jovens, no oratório e na educação profissional. Quando o regime comunista fechou todas as obras católicas, – disse o Papa – ele enfrentou a perseguição com coragem, e foi morto aos 39 anos. Vamos nos unir à ação de graças da Família Salesiana e da Igreja húngara.
Terremoto nas Filipinas
O Papa também expressou sua proximidade às populações das Filipinas, atingidas por um terremoto ocorrido na terça-feira, 15. O tremor foi considerado o mais forte do país nos últimos 20 anos.
Francisco convidou todos os fiéis a rezarem por “aquela querida nação, que recentemente sofreu diversas calamidades”.

Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Igreja católica do Brasil declara apoio a manifestações contra desigualdades e corrupção

Na avaliação da CNBB, a movimentação "desperta para uma nova consciência" e atesta que "não é possível mais viver num país com tanta desigualdade". A nota destaca também a intolerância à corrupção.
Brasília - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota, nesta sexta-feira (21), em que declara "solidariedade e apoio" às manifestações no país, desde que ocorram de forma pacífica.
Na avaliação da CNBB, a movimentação "desperta para uma nova consciência" e atesta que "não é possível mais viver num país com tanta desigualdade". A nota destaca também a demonstração de intolerância com a corrupção.
"As mobilizações questionam a todos nós e atestam que não é possível mais viver num país com tanta desigualdade. Sustentam-se na justa e necessária reivindicação de políticas públicas para todos. Gritam contra a corrupção, a impunidade e a falta de transparência na gestão pública", diz o texto. A nota registra ainda que as manifestações recentes mostram que os brasileiros não estão dormindo em "berço esplêndido".
A CNBB critica a violência registrada nas manifestações e alerta que esse comportamento leva ao descrédito. "Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência", registra.
A nota foi divulgada em entrevista coletiva na sede da CNBB. O presidente da entidade, cardeal Raymundo Damasceno Assis, que se reuniu com a presidente Dilma Rousseff na tarde de hoje, foi questionado por jornalistas se considera importante que a dirigente faça um pronunciamento oficial sobre a onda de manifestações. O cardeal respondeu que essa seria uma iniciativa positiva:"Imagino que ela deva dizer uma palavra ao país", disse.
Na manhã de hoje, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tiveram uma reunião em que avaliaram as manifestações. A onda de protestos no país fez a presidenta cancelar viagens ao Japão e a Salvador.

Fonte: http://www.africa21digital.com/politica/ver/20032802-igreja-catolica-do-brasil-declara-apoio-a-manifestacoes-contra-desigualdades-e-corrupcao

Em cem dias, Francisco impôs novo estilo na Igreja Católica



Novo Papa impressiona pela simplicidade e pela proximidade com os fiéis. Expectativa é que ele leve adiante uma reforma da Cúria Romana, mas não mexa no celibato e na atuação das mulheres na Igreja.
Passados cem dias da sua entronização, o papa Francisco ainda não se mudou para as suntuosas dependências do palácio apostólico na Praça de São Pedro. Ele continua morando nas acomodações mais modestas da Casa Santa Marta, uma decisão cujo significado é maior do que pode parecer.
O pontífice afirmou que prefere estar próximo das pessoas, e que o palácio o deixaria isolado. Francisco também se referiu a Jesus como o mestre dos pobres.
Há cem dias, era inimaginável que o Vaticano fosse escolher um Papa que pudesse romper com protocolos e tradições da Igreja Católica. Quem dissesse isso poderia ser chamado de maluco, ou até mesmo de militante e crítico da Igreja.
Logo após a eleição papal circulou o rumor de que Francisco teria dito umas poucas palavras emblemáticas de seu pontificado: "o carnaval acabou". A frase seria uma referência não apenas às pesadas vestimentas bordadas ou aos caros sapatos vermelhos utilizados pelo seu antecessor, tampouco era uma crítica a Bento 16. Seria simplesmente o anúncio de um novo período de sobriedade no Vaticano.
Em sua primeira aparição pública, há cem dias, Francisco disse que vinha "quase do fim do mundo". Ele, de fato, é um estranho no ninho para parte da Cúria Romana, e tem uma visão bem diferente do que é o ofício de Papa.
Além da proximidade às pessoas, há também a escolha do nome Francisco. Ele expressa mais do que simplicidade na aparência ou opção pelos pobres. Francisco de Assis, o santo que serviu de inspiração para o nome do novo Papa, foi, a seu modo, um imprevisível revolucionário no início do século 13.
Uma perspectiva peculiar
Aos poucos, o foco passou do externo para o interno, das aparências para o conteúdo das declarações. E, assim, o novo Papa defendeu uma reforma do sistema econômico global e criticou excessos do mercado financeiro. Criticou também o culto à riqueza, o consumismo e a "cultura do desperdício".
Também chamou a atenção o seu pronunciamento por uma volta à essência da mensagem do Cristianismo. A Igreja Católica representa o Deus que se fez homem e o "escândalo da cruz" e não deve se deixar seduzir pelo discurso dos "encantadores de serpente".
Diferentemente de seus antecessores, Francisco procura observar o mundo da perspectiva das pessoas, na melhor tradição latino-americana. Além disso, como jesuíta, conhece bem outras tradições e sistemas teológicos. Esse estilo caracteriza também os seus sermões. Recheados de referências bíblicas, eles soam devotos e cheios de vivacidade, incluindo também anedotas improvisadas.
Passados cem dias do novo pontificado está claro que muita coisa vai mudar no sistema da Igreja Católica e na sua representação externa. Mas até onde essa mudança vai, ainda não é possível saber. Pontos importantes para muitos europeus, como um papel mais atuante para as mulheres na Igreja e o fim do celibato, provavelmente não farão parte das mudanças.
O novo e o velho
Bento 16 e seus famosos sapatos vermelhos
Entre as imagens marcantes das primeiras semanas do novo pontificado estão os dois encontros do papa Francisco com o seu antecessor, Bento 16. Até então era inimaginável ver um Papa se reunindo com seu antecessor, orando com ele e conversando.
As expectativas de uma reforma da enferrujada estrutura da Cúria Romana permanecem. Hoje esse aparelho trabalha sem coordenação e muitas vezes contra si mesmo. Os escândalos do Vatileaks e do Banco do Vaticano viraram símbolos desse sistema moroso.
Há alguns dias, o Papa abordou esses problemas numa conversa reservada com religiosos da América Latina. Ele reclamou de corrupção, falou sobre a existência de grupos restauracionistas e "panteístas" e até mencionou a existência de um "lobby gay" no Vaticano.
O pontífice lembrou que, nos dias que antecederam o mais recente conclave, muitos cardeais haviam pressionado por uma reforma da cúria.
Reformas
Francisco optou por um caminho bem próprio para as mudanças. Em abril, criou uma comissão composta por oito cardeais, de todos os continentes, para lidar com a reforma da estrutura de poder do Vaticano.
O painel, liderado pelo cardeal hondurenho Oscar Rodriguez Maradiaga, conta com apenas um cardeal da Cúria Romana. A primeira reunião, em outubro próximo, vai mostrar de forma mais clara para onde o novo pontífice almeja conduzir a reforma da Igreja e do Vaticano.
Ainda é incerto se o papa Francisco conseguirá de fato promover as mudanças que deseja. Mas, aos 76 anos, ele tem diante de si um longo papado e tempo suficiente para implementar as reformas.



Fonte: http://www.dw.de/em-cem-dias-francisco-imp%C3%B4s-novo-estilo-na-igreja-cat%C3%B3lica/a-16896500

sexta-feira, 15 de março de 2013

Informações Para Ser Um Bom Coroinha ou Acólito

Grupo de Coroinhas RESPONSABILIDADE DO COROINHA 1. Participe das reuniões, missas e demais compromissos assumidos. 2. Seja pontual. Chegue a tempo para as reuniões e celebrações. 3. Seja asseado. Esteja sempre limpo, cabelos penteados, calçados e roupas bem arrumados. 4. Seja cuidadoso com as coisas da igreja e do altar. Trate os utensílios litúrgicos com respeito, como objetos destinados ao culto Divino. 5. Seja humilde e preste atenção ao que lhe for ensinado pelas pessoas encarregadas de sua formação. 6. Durante os atos litúrgicos, evite conversas, risos ou brincadeiras. 7. Seja educado com relação aos colegas e todas as pessoas da comunidade. 8. Cultive o gosto pela oração e leia um trecho da Bíblia cada dia. 9. Dedique-se ao estudo da liturgia, a fim de celebrar cada vez melhor. 10. Observe o silencio na igreja e na sacristia. E mantenha a concentração, principalmente antes de começar algum ato litúrgico. GRUPO DE COROINHAS · ORAÇÃO DO COROINHA QUE É O COROINHA? Menino ou menina, que nas igrejas exerce o papel de acólito nas funções litúrgicas. O Acólito é instituído para servir ao altar e auxiliar o sacerdote e o Diácono. O coroinha ajuda a missa, ele não é apenas um enfeite. Ele tem uma função importante que é a desempenhar um ministério, um serviço importante. O QUE É PRECISO PARA SER COROINHA? 1. Basta ter boa vontade 2. ser disponível para Deus e para sua comunidade. 3. Esforçar-se para ser bom, procurando viver o que Jesus viveu. O QUE SE EXIGE DE UM COROINHA? - CHEGANDO AO TEMPLO: Ao chegar a igreja, o coroinha deve dirigir-se à capela do Santíssimo Sacramento, ou ao altar em que o sacrário contempla Jesus sacramentado. Aí deve fazer uma genuflexão e permanecer em oração por alguns instantes, numa conversa com Jesus Cristo. Só então ele deverá dirigir-se à sacristia, para iniciar as atividades da celebração. Do coroinha exige-se piedade, postura, respeito para com os ministérios, respeito para com o sacerdote, e atenção para com os fiéis da assembléia, respeito para com o templo, (pois é um lugar sagrado). Juntos os coroinhas formam um grupo muito importante, no qual poderão encontrar união, compreensão confiança e estima, coisas de que tanto precisam. O Pároco deverá, dentro do possível, acompanhar cada um deles em sua realidade pessoal, ajudando-os no que for possível. Ser coroinha exige responsabilidade, e devem assumir todos juntos, e cada um em particular, com amor, este serviço a Cristo e sua Igreja. O QUE O COROINHA DEVE CONHECER? 1. A santa missa, parte por parte; 2. Os lugares da igreja; 3. Os livros sagrados; 4. Os utensílios usados na celebração; 5. As vestes litúrgicas; Conheçam cada aspecto detalhadamente, no curso oferecido pela nossa paróquia. Sejam bem vindos. A

quinta-feira, 14 de março de 2013

CNBB confirma vinda do Papa Franscico ao Brasil em julho 2013

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno, afirmou na manhã desta quinta-feira, 14, que o papa Francisco confirmou que visitará o Brasil em julho para a Jornada Mundial da Juventude. "Eu tive a oportunidade de falar com [Jorge Mario] Bergoglio [papa Francisco] e ele me disse ontem mesmo que vai ao Brasil", disse.
Terminado o conclave, dom Damasceno saiu na manhã de hoje para comprar jornal no Vaticano. "Eu estava muito curioso para saber qual é a reação mundial dessa eleição", afirmou dom Raymundo ao "Estado". "Eu o conheço muito bem. E trabalhamos juntos em Aparecida. Foi uma grande escolha."
O cardeal brasileiro também disse que o argentino foi ganhando votos à medida que a eleição ocorria, num pleito em que ele não era favorito. "Bergoglio veio surgindo. E foi uma bela surpresa", completou Damasceno, que, com um saco de jornal na mão, voltou ao Vaticano.
Já o arcebispo de Brasília, dom Sergio da Rocha, disse hoje que a participação do argentino na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), entre os dias 23 e 28 de julho no Rio de Janeiro, já era aguardada, independentemente dele ser eleito.
"Vai ser uma de suas primeiras viagens, se não a primeira", disse. "Nada altera o que é essencial para a jornada: um momento especial de encontro de jovens do mundo inteiro com o papa. Por isso, não se coloca em dúvida a vinda do papa ao Brasil."
A expectativa é que 2 milhões de pessoas participem do encontro. "Temos ainda um elemento novo: muita gente que não ia participar agora poderá ir para se encontrar com o novo papa", acrescentou.
A eleição do cardeal argentino, no entanto, deve acarretar "várias mudanças" no calendário de eventos da JMJ . A informação foi divulgada pelo vice-presidente do comitê organizador local do evento, dom Antonio Augusto Dias Duarte.
Para o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, a eleição de um papa latino-americano, porém, deverá "aumentar a curiosidade" das pessoas em relação à JMJ e "atrair um número ainda maior de jovens provenientes de vários países vizinhos" ao Brasil.
Segundo Tempesta, também será necessário um grande trabalho "do ponto de vista logístico" por parte dos governos estatal e federal.
Nesta quinta-feira, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, comentou que Bergoglio fala seis idiomas. "Obviamente, ele fala espanhol, italiano -- como ouvimos ontem --, alemão, inglês, francês, e talvez também o português, o qual deverá aperfeiçoar para viajar ao Rio de Janeiro".
Segundo o vice-presidente do Comitê Organizador Local da Jornada, dom Antônio Augusto, o papa deverá participar de pelo menos quatro atividades da Jornada e deverá fazer seu primeiro pronunciamento na praia de Copacabana, no final da tarde do dia 25.

Agenda do papa no Rio

O pronunciamento deverá ocorrer em um palco montado na praia, onde o papa será oficialmente recebido pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta. "Dom Orani saudará o papa. Haverá também os jovens representantes de cada continente, que irão cumprimentá-lo. Depois haverá um momento de oração", disse dom Antônio.
O papa deverá se pronunciar em pelo menos outras três ocasiões. No final da tarde do dia seguinte (26), Francisco voltará a falar com os jovens, durante a encenação da Via Sacra, que ocorrerá na Avenida Atlântica, na Praia de Copacabana. A previsão é que o pontífice acompanhe a procissão do palco, a partir de um telão, e também diga algumas palavras.
Na noite do dia 27, haverá uma vigília no bairro de Guaratiba, na zona oeste da cidade. Por volta das 20h, espera-se que o papa Francisco converse com os jovens e responda a perguntas feitas por ele, durante esse encontro.
No dia seguinte (28), no mesmo local, está prevista a celebração da missa final da Jornada Mundial da Juventude. "A partir das 9h, o papa chegará novamente a Guaratiba, circulará com o papamóvel no meio da multidão, celebrará a missa ao meio-dia e já anunciará qual será a próxima cidade da Jornada Mundial da Juventude", disse o vice-presidente do comitê organizador do evento.
Segundo dom Antônio Augusto, é possível que o papa participe de outros eventos durante sua estada no Rio de Janeiro. Mas a agenda definitiva de Francisco só deverá ser acertada depois de encontro de dom Orani com o pontífice, no Vaticano, nas próximas duas semanas.
A última JMJ ocorreu em agosto de 2011, na capital espanhola, Madri, sendo que o público estimado foi de dois milhões de pessoas. (Com Agência Brasil, Estadão Conteúdo e Ansa)

Fonte: UOL.COM.BR

terça-feira, 12 de março de 2013

HISTÓRIA DO CONCLAVE.


SIGNIFICADO DA PALAVRA
Conclave significa Debaixo de chave. Na jurisprudência eclesiástica expressa o local onde se reunem os cardeiais, depois da morte do papa, para se ocuparem unicamente da eleição do seu sucessor. Indica também a assembléia dos cardeais reunidos para a eleição. Esta palavra aparece pela primeira vez num documento do papa Gregório X, no II Concílio de Lion, Julho de 1274. O título do documento era ·Ubi periculum.· (Quando houver algum perigo).
DURAÇÃO DAS ELEIÇÕES
Algumas eleições foram bem rápidas. O papa Alexandre IV,1254-1261, foi eleito dentro de cinco dias. Outras eleições começaram a prolongar-se demasiadamente. Para a eleição do papa Urbano IV, 1261-1264, levaram três meses. Na eleição do papa Clemente IV, 1265-1268, precisaram de quatro meses. Depois da morte deste papa, os cardeais levaram três anos para se decidir. Foi a eleição que mais tempo levou.
CIDADE  DE  VITERBO
Para evitar o problema da demora era necessário encontrar medidas. Os cardeais achavam-se reunidos em Viterbo, onde Clemente IV tinha morrido. Esta cidade era considerada a segunda em importância na Cristandade. Por sua posição estratégica e suas torres numerosas, a cidade colocava os papas ao abrigo das invasões e ingerência dos imperadores alemães, sempre em guerra contra a Igreja.

TRÊS ANOS SEM PAPA
Depois da morte do papa Clemente IV, 29 de Novembro de 1268, os cardeais que compunham o Colégio eleitoral não conseguiam entrar em acordo. Esse tempo prolongado demais era prejudicial aos interesses da Cristandade.

SOLUÇÃO  ENCONTRADA
São Boaventura, chefe geral dos Franciscanos, encontrava-se em Viterbo nessa ocasião. O santo aconselhou os habitantes da cidade a trancar os cardeais no palácio episcopal para se apressarem na escolha do papa, longe das pressões e influências de fora. Ainda hoje podem ser vistas em Viterbo as marcas dos ferrolhos nas portas do quartos dos cardeais.
UMA INSPIRAÇÃO
Esse idéia foi inspirada num fato acontecido 50 anos antes . Os habitantes de Perúsia tinham recorrido ao mesmo estratagema para forçar os cardeais a escolher o sucessor de Inocêncio III.

SOLUÇÕES RADICAIS
Entretanto esta solução não produziu efeito em Viterbo. Apesar de trancados a chave (·conclave·) em seus quartos, a eleição não caminhava. O prefeito da cidade, Alberto de Montebono, junto com o chefe militar Raniero Galli, encarregados do conclave, tiveram outra idéia: destelharam todo o palácio, deixando os cardeais à mercê do sol, da chuva e da neve. Além disso, obrigaram os cardeais a um jejum rigoroso. Nas refeições eles só recebiam pão e água.

OS CARDEAIS ACORDAM
Os eleitores, então, diante do argumento do estômago, se apressaram a escolher como papa um santo homem, Filipe Benitti, chefe geral dos Padres Servitas. Mas o santo não quis saber de conversa. Fugiu de casa e se escondeu nas montanhas. Os eleitores tiveram de procurar outro nome. Escolheram alguém fora do conclave, o arquidiácono de Liége, Teobaldo Visconti. Não era cardeal, mas exercia as funções de Legado
Apostólico na Síria. Ele aceitou e tomou o nome de Gregório X, 1271-1276.

NOVAS LEIS PARA O CONCLAVE
O papa Gregório X, para evitar os problemas das eleições anteriores, convocou o Concílio de Lion, onde promulgou novas determinações para a eleição do papa. O documento se intitula Ubi perículum (Quando houver perigo), 7 de julho de 1274 e determina: na morte do papa, os cardeais presentes na cidade onde ele morreu, devem esperar seus colegas somente por 10 dias.
Após esse prazo, devem reunir-se para a eleição no palácio onde habitava o pontífice. Cada cardeal pode levar consigo um ou dois criados, clérigos ou leigos.
Os cardeais ficarão numa sala comum, sem nenhuma separação. O local do conclave permanecerá bem trancado, de modo que ninguém possa entrar ou sair. (Esse rigor foi abrandado posteriormente. Foi abolida a obrigação de um dormitório comum. Podiam passar a noite em quartos separados, por uma cortina).
As chaves do conclave ficam guardadas por duas pessoas. Dentro do conclave, pelo cardeal chefe. Do lado de fora, pelo oficial da guarda. (Considerava-se um cargo importante. Durante cinco séculos a chave ficou na família dos nobres Savelli. Depois para os príncipes Chigi.)
As pessoas de fora não podem comunicar-se com os cardeais, reunidos em conclave, nem de viva voz, nem por escrito, nem publicamente, nem secretamente. Essa regra só pode ser quebrada pelo consenso unânime dos cardeais. Mas o assunto deve estar ligado à eleição. Esta regra vale sob pena de excomunhão ipso facto.
Embaixadores de reis e imperadores devem ser recebidos na porta do conclave.
Deve-se providenciar uma abertura em forma de janela, por onde são introduzidos os alimentos para os cardeais. (Os alimentos eram levados em grande pompa, por seus criados, vestidos a rigor. Faziam um solene procissão desde o palácio do cardeal até o conclave. À porta do conclave os alimentos eram examinados para não serem introduzidos recados secretos por escrito, como hoje se faz nas penitenciárias, nas visitas dos parentes.) Também as cartas recebidas devem ser examinadas. Depois de três dias de conclave, se a eleição não se consumou, os eleitores são castigados por um rigoroso jejum. Nos cinco dias seguintes recebem apenas um prato no almoço e no jantar. Se depois de cinco dias a eleição não aconteceu, eles recebem apenas pão, água e vinho. Este cardápio deve durar até que a eleição seja feita.
(Era rigor demais, principalmente porque muitos cardeais tinham idade avançada. O papa Clemente VI permitiu melhorar o cardápio: um prato de peixe, ovos, queijo, ervas cruas. Mas nada de especial, além disso).
Nenhum cardeal podia receber a porção dada aos mais idosos. Além disso, cada um devia comer separado, em sua cela.
Enquanto durar o conclave, nenhum cardeal pode tocar no cofre da Igreja, nas entradas e doações feitas. O camerlengo deve recebê-las e entregar ao futuro papa.
Durante o conclave nenhum cardeal pode ocupar-se de outro assunto senão a eleição do papa. Exceção se houver uma causa urgente ou perigo para a Igreja.
Durante o conclave os cardeais perdem sua jurisdição. Não podem atender às causas e processos de seus tribunais. Não podem assinar nenhum documento, conceder favores, nem atender nenhuma solicitação.
Todos os cargos são suspensos com a morte do papa. Os pedidos e súplicas que chegam à Dataria Apostólica de qualquer parte do mundo, não podem ser examinadas, nem mesmo abertas. São conservadas intactas e entregues ao futuro papa.
O cardeal chefe (camerlengo) só pode exercer funções e despesas ligadas ao conclave. Se um cardeal não estiver participando do conclave, ou precisar sair por motivo de doença manifesta, a eleição será realizada sem ele.
Se o papa morre fora da cidade onde mora, os cardeais farão o conclave numa cidade do mesmo território onde ele morreu, caso a cidade não esteja interditada por revolta contra a Igreja. Nesse caso os cardeais se reúnem na cidade mais próxima.
Os magistrados e chefes da cidade onde é feita a eleição, devem prestar juramento de observar as regras do conclave. O juramento é feito na presença do clero e do povo. Se não observarem o juramento ficam excomungados ipso facto (automaticamente). Perdem todos os direitos e privilégios concedidos pela Igreja Romana. Sua cidade será interditada e privada de sua Sede episcopal.
Os cardeais, em assunto tão importante como é a eleição papal, devem esquecer todo interesse pessoal, e inspirar-se unicamente no interesse superior da Igreja. Qualquer pacto, convenção ou contrato, mesmo sob juramento, com a intenção de eleger alguém para o Supremo Pontificado, realizados de modo antecipado, são proibidos sob pena de excomunhão, e declarados nulos. Toda eleição realizada com simonia, compra de votos, é declarada nula.
Se alguém for eleito desta forma, mesmo que tenha a unanimidade dos votos, o que parece impossível, deve ser deposto como herege, até do cardinalato. Ficará para sempre impossibilitado de receber qualquer cargo ou benefício eclesiástico.
Sua eleição não poderá de modo algum ser realizada posteriormente, nem pela entronização, nem pela coroação, nem pelo juramento de obediência dos cardeais, nem por prescrição com o correr dos anos. Pelo contrário, todos, clérigos e leigos devem recusar obediência ao intruso. (Esta norma foi confirmada posteriormente por vários papas e pelo 4º Concílio do Latrão, 1512.)

TENTATIVAS CONTRA ESSAS NORMAS
O papa Adriano V, 1276, procurou modificar e abolir as regras de Gregório X, mas não teve tempo. Morreu após 40 dias de pontificado. Também o papa João XXI quis abolir essas leis, e igualmente foi surpreendido pela morte. Apesar das novas leis, começaram novamente os costumes anteriores. Houve longos períodos de vacância na Sé de Pedro: 7 meses, 6 meses, 2 meses, 2 anos. O papa Celestino V, um santo, promulgou três Bulas, restabelecendo o conclave, 1294. O mesmo fez seu sucessor Bonifácio VIII.

DOIS TERÇOS DOS VOTOS
Para a eleição eram necessários dois terços dos votos. Ninguém podia votar em si mesmo. Cada cardeal colocava o seu nome num lado da cédula, e o nome do eleito do outro lado. Os cardeais doentes recebiam em seu quarto a visita de três cardeais e três escrutinadores para indicar seu voto.

LUGAR  DO  CONCLAVE
Durante quatro séculos, depois do Grande Cisma do Ocidente, com a eleição de Martinho V no Concílio de Constança, 1417, todos os conclaves foram realizados em Roma, com exceção de Pio VII. Os dois primeiros, após o Cisma, foram realizados no convento dos Dominicanos, de Minerva. O dormitório comum dos frades foi dividido em repartições com biombos, para as celas dos cardeais. Na porta do dormitório colocaram uma placa: Memorial. Aqui foram feitos dois papas: Eugênio IV e Nicolau V.
Todos os outros conclaves , desde o século XIV ao XVIII, foram feitos no Vaticano. Para esse fim se construíram repartições móveis, desmontáveis, tornando fácil as obras antes e depois do conclave. Cada cela tinha cerca de cinco metros de comprimento, por quatro de largura. No tempo do papa Pio VII o conclave foi realizado no Quirinal, mais espaçoso, oferecendo mais conforto para os cardeais idosos. É preciso lembrar que, além dos 50 a 60 cardeais,

havia seus secretários, dois ou três, um ou outro criado, além de médicos. Além destes, os sacristães, confessores, mestres de cerimônia.

GENTE  DE  FORA
A eleição de um papa sempre despertou a atenção e também interesse. Reis e príncipes, principalmente em séculos passados, tinham seus interesses ligados ao papa. Quase sempre procuravam influenciar a eleição. Tinham nomes de sua preferência para o papa, e também nomes que desejavam fossem descartados. Exerciam essa influência por meio dos cardeais de seus países.
Mas era difícil qualquer cardeal formar maioria em favor de seu país, por causa do grande número de participantes no conclave. Por esta razão a influência era quase nula.
Mas os chefes de Estado procuravam fazer conhecer a seus cardeais o nome de seus desafetos. Os cardeais, em geral, tomavam conhecimento dessa vontade dos chefes de Estado, França, Áustria, Espanha. A Itália não se interessava por esse tipo de exclusão. A Alemanha, luterana, menos ainda. Chamavam a isso ·direito de exclusão·. Mas esse direito não tinha força para invalidar uma eleição. Em um século, a Áustria foi o pais que mais procurou exercer seu direito de exclusão. Em todos os conclaves, durante 100 anos, a Áustria sempre apresentou os nomes de seus cardeais antipáticos.

Fonte: Padre Rômulo Cândido de Souza, C.Ss.R.
http://www.padrefelix.com.br/papas11.htm

segunda-feira, 11 de março de 2013

Jovens rezam pelo conclave e pelo próximo sucessor de Pedro




De modo especialíssimo, a juventude carioca se reuniu na noite desta sexta-feira, dia 9 de março, na Igreja Sant'Ana, no centro do Rio de Janeiro, para rezar pelo conclave, que será iniciado na próxima terça-feira, 12 de março, em Roma. Presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, dom Orani João Tempesta, a 17ª edição da Vigília dos Jovens Adoradores também teve como missão preparar os jovens neste momento quaresmal rumo à Páscoa.

Baseada na Campanha da Fraternidade deste ano, que reflete o tema da juventude e o lema "Eis-me aqui, envia-me" (Is 6,8), a missa foi concelebrada pelos bispos auxiliares da arquidiocese do Rio e demais sacerdotes presentes.

À luz do evangelho, dom Orani iniciou sua homilia convidando todos a aproveitarem este momento quaresmal. "A palavra que nós ouvimos nos indica caminhos, direcionamentos em nossa vida e temos a oportunidade de renovar a nossa vida cristã e reavivar este dom de Deus neste tempo abençoado", motivou.

O arcebispo remeteu-se à JMJ Rio 2013 como meio de conversão dos jovens. "Que a Jornada leve cada vez mais os nossos jovens a viverem esta vida de conversão contínua e esse amor a Deus e aos irmãos de maneira muito concreta. Viver este tempo de conversão, que leva justamente à fraternidade, às consequências sociais da nossa fé e nos remeterá também no pós-jornada", disse.

Em clima de comunhão, o presidente da JMJ Rio 2013 pediu aos fiéis que vivessem este clima de cenáculo e rezassem pela Igreja e pela eleição do novo Papa, o sucessor de Bento XVI. Exortou aos fieis a enxergarem com os olhos da fé os acontecimentos. "Nós somos convidados, mediante tantas questões que colocam ao nosso redor, tantas notícias de todos os meios de comunicação e tantas críticas e interpretações, a enxergarmos com os olhos da fé e dizer: nós cremos e é o Senhor que nos conduz", mostrou.

Ao final da missa os jovens encenaram uma peça teatral que abordou como tema a conversão.

Rezando pelo conclave

Logo após a missa, dom Orani presidiu uma Hora Santa e a dedicou ao conclave. Em momento de oração, leitura da Bíblia e louvor a Deus, os jovens puderam rezar pela eleição do novo Pontífice. "A missão do Papa, como sinal de unidade em toda a Igreja, é justamente ser aquele que encontra-se em Jesus Cristo", concluiu.

Os jovens tiveram um momento de estudo do Catecismo Jovem (Youcat) e depoimentos de jovens. O destaque da noite foi a banda de pop rock católico Via 33, de São Paulo e a dupla sertaneja da Comunidade Canção Nova, Rinaldo Rosa e Samuel Ferreira. "Para a gente é uma honra muito grande e um presente de Deus poder ajudar a JMJ e, através do nosso carisma, a rezar pelo conclave", destacou a dupla.

Fonte: Rio 2013

Da redação do Portal Ecclesia.

Conclave papal tem raízes em turbulento século 13 Comente.

Por Keith Weir

CIDADE DO VATICANO, 11 Mar (Reuters) - Quando os cardeais católicos entrarem no conclave secreto para escolher um novo papa na terça-feira, estarão seguindo um ritual que data do século 13, quando as eleições papais poderiam durar anos e alguns cardeais morriam durante o cansativo processo.
O termo conclave vem do latim "com uma chave", e se refere à prática de prender cardeais longe dos olhos curiosos do mundo, permitindo que eles escolham um novo papa sem interferência externa.
Os 115 cardeais eleitores vão desaparecer da vista pública na terça-feira para votarem na Capela Sistina um sucessor do papa Bento 16, que irá liderar os 1,2 bilhão de católicos romanos do mundo.
Uma coluna de fumaça branca de uma chaminé do Vaticano, significando que uma decisão foi alcançada, é esperada em poucos dias se os conclaves dos últimos 100 anos são referência.
Mas nem sempre foi tão fácil.

A eleição de Gregório X em setembro de 1271, numa época em que a Igreja estava dividida politicamente, ocorreu depois de quase três anos de deliberações na cidade de Viterbo, 85 km ao norte de Roma.
Após dois anos inconclusivos, os habitantes locais, frustrados, se amotinaram, retiraram o telhado do palácio onde os cardeais estavam reunidos - supostamente, para deixar o Espírito Santo unir-se a eles - e cortaram o fornecimento de alimentos para estimulá-los a romper o impasse.

PROVA
As condições eram tão duras que dois cardeais morreram e um terceiro teve que deixar o conclave devido à má saúde antes que os remanescentes terminassem escolhendo Gregório.
Gregório estava determinado a fazer com que essa prova nunca mais acontecesse. Ele decretou em 1274 que no futuro os cardeais seriam trancados em uma sala com um lavatório adjacente no palácio papal dentro de 10 dias da morte do pontífice.

Depois de três dias, se nenhum papa tivesse sido eleito, eles receberiam apenas um prato no almoço e jantar, em vez de dois. Depois de cinco dias, eles receberiam apenas pão, água e um pouco de vinho até que chegassem a uma decisão.

O valor das novas regras foi enfatizado quando levou mais de dois anos para produzir uma das escolhas mais esquisitas para um papa em 1294.

O impasse terminou apenas quando o cardeal italiano Latino Malabranca declarou que um suposto ermitão santo, Pietro Del Morrone, tinha profetizado a retribuição divina para os eleitores que fracassaram durante tanto tempo para encontrar um novo papa.

Os cardeais, preocupados, concordaram em votar pelo ermitão e Morrone, na casa dos 80 anos, superou sua surpresa decidindo que era vontade de Deus. Ele entrou na cidade italiana de Áquila em cima de um burro para ser coroado Celestino V.

Mas o cargo não satisfez o ex-ermitão e ele renunciou depois de apenas alguns meses, o último papa a sair voluntariamente até Bento 16, no final de fevereiro.

Gregório XII abdicou relutantemente em 1415 para pôr fim a uma disputa com um pretendente rival à Santa Sé, o último pontífice a renunciar por um motivo antes de Bento.

O último ato de Celestino foi restaurar as regras de conclave de 1274, que incluíam uma proibição rígida a comunicações com os cardeais eleitores e que servem de base ao segredo das eleições papais até os dias de hoje.

Biografia da Arquidiocese

Arquidiocese de Vitória da Conquista-Bahia
Arcebispo Dom. Frei
Luís Gonzaga Silva Pepeu

Superfície 27.228 km²
Tipo de jurisdição
Vitória da Conquista é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população, conforme o IBGE, em 1 de Julho de 2009, era de 318.901 habitantes, o que a torna a 3ª maior cidade do estado e também do interior do Nordeste (excetuando-se as regiões metropolitanas). Possui um dos PIBs que mais crescem no interior desta região. Capital regional de uma área que abrange aproximadamente 70 municípios na Bahia, além de 16 cidades do norte de Minas Gerais. Tem a altitude, nas escadarias da Igreja Matriz, de 923 metros podendo atingir mais de 1.000 metros nos bairros mais altos. Possui uma área de 3.743 km².

Arquidiocese Metropolitana (Região Nordeste 3)
Criação da
diocese 27 de julho de 1957
Elevação a arquidiocese16 de janeiro de 2002
Rito romano
Dioceses sufragâneas
Bom Jesus da Lapa / Caetité / Jequié /Livramento de Nossa Senhora

A Arquidiocese de Vitória da Conquista (Archidioecesis Victoriensis de Conquista) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no Brasil. É a sé metropolitana da província eclesiástica de Vitória da Conquista. Pertence ao Conselho Episcopal Regional Nordeste III da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A arquiepiscopal está na Catedral de Nossa Senhora das Vitórias, na cidade de Vitória da Conquista, no estado da Bahia.


Histórico
A Diocese de Vitória da Conquista foi
ereta pelo Papa Pio XII, no dia 27 de julho de 1957 pela bula Christus Jesus, a partir de território desmembrado da Diocese de Amargosa. No dia 16 de janeiro de 2002, o Papa João Paulo II reorganizou o território da Província Eclesiástica de Salvador, constituindo duas novas províncias, a de Feira de Santana e a de Vitória da Conquista. Neste ato, elevou a diocese à categoria de arquidiocese e sé metropolitana.

Demografia e Paróquias
Em 2004, a arquidiocese contava com uma população aproximada de 724.619 habitantes, com 74,8% de católicos. O território da arquidiocese é de 24.709 km.2, organizado em 28 paróquias.
A arquidiocese abrange os seguintes municípios:
Vitória da Conquista, Anagé, Barra do Choça, Belo Campo, Caatiba, Cândido Sales, Encruzilhada, Ibicuí, Iguaí, Itambé, Itapetinga, Itarantim, Macarani, Maiquinique, Nova Canaã, Planalto, Poções, Ribeirão do Largo, Caetanos, Bom Jesus da Serra.

Arcebispos
Atual e 2º
Arcebispo:
Dom Luís Gonzaga Silva Pepeu, OFMCap
1º Arcebispo e atual Presidente da CNBB Dom Geraldo Lyrio Rocha 2002-2007
foi nomeado arcebispo de Mariana-MG

3º Bispo
Dom Celso José Pinto da Silva 1981-2001,
Arcebispo Emerito de Terezina-PI

foi nomeado arcebispo de
Teresina
2º Bispo: Dom Climério Almeida de Andrade 1962-1981 (faleceu)

1º Bispo:
Dom Jackson Berenguer Prado 1958-1962
foi nomeado bispo de Feira de Santana-BA